RUBIACEAE

Bathysa australis (A.St.-Hil.) K.Schum.

Como citar:

; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Bathysa australis (RUBIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

811.047,369 Km2

AOO:

780,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Espécie ocorre nos estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Germano Filho, 2012). Segundo Germano Filho (1999) também ocorre no Distrito Federal. No Parque Nacional do Itatiaia, ocorre até 1100m de altitude (Silva Neto, 2006). Segundo observações de coleta ocorre até 1350m de altitude (RB 320000; Leoni, L.S. 1749).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador:
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Categoria: LC
Justificativa:

Espécie não ameaçada, frequentemente coletada, amplamente distribuída na Mata Atlântica, sobretudo nas floresta ombrófilas e semidecíduas do Sudeste e Sul, sem ameaça direta, embora tenha potencial farmacêutico. Não tem especificidade de polinizador e ocorre em florestas secundárias em estágio médio a avançado de regeneração, associado a proximidade do curso d\'água.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Benth. et Hook. Gen. Pl. 2:49. 1876; K.Schum., In Martius Fl. Bras.6(6):239. 1889. No aspecto vegetativo, esta espécie assemelha-se a Rustia formosa, da qual difere-se por possuir coloração mais clara e fosca nas folhas que são mais largas e membranáceas, e Simira viridifolia, da qual difere-se por possuir ramos tetrágonos. O epíteto específico australis é uma referência à distribuição geográfica desta espécie na região sul e sudeste do Brasil. Nomes populares: "pau-de-colher", "quina-do-mato", "fumão", "araribão", "cauassú", "quina-do-Paraná", "macuqueiro" (Germano Filho, 1999).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Espécie utilizada para fins medicinais (Germano Filho, 1999).

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Segundo Guilherme et al. (2004) esta espécie apresentou um total de 100 indivíduos numa área de 1,98 ha., em uma amostragem em planície de Mata Atlântica na região sudeste do Brasil.

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Espécie ocorre em floresta ombrófila densa (Zappi et al.,, 2009); em floresta estacional semidecidual (Leite; Rodrigues, 2008); matas de encosta e de tabuleiro (Germano Filho, 1999).
Habitats: 1 Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Caracteriza-se por arvoretas, às vezes árvores ou arbustos com até 8m de altura (Germano Filho, 1999). Espécie auto-compatível (Andrich, 2008). Coletada com flores de Setembro a Março, com frutos até Agosto (Germano Filho, 2007).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Vivemno entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, osquais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço,seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua áreaoriginal, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinçãode algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatóriosobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressãosobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária,seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões; Lino, 2002).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
4.4.3 Management on going
Espécie ocorre em Unidades de Conservação: Reserva Biológica do Tinguá, Parque Nacional da Tijuca, Reserva Ecológica Municipal de Macaé de Cima, Parque Nacional do Itatiaia e Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Estado do Rio de Janeiro; Estação Biológica de Santa Lúcia e Reserva Florestal de Linhares, no Espírito Santo; Parque Nacional do Caraça e Parque Estadual do Rio Doce, em Minas Gerais; Parque Nacional da Serra do Itajaí, em Santa Catarina; Parque Estadual da Serra do Mar, Estação Ecológica Juréia-Itatins e Parque Nacional da Bocaina; em São Paulo (Germano Filho, 1999; Silva Neto, 2006; CNCFlora, 2011).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level
Espécie considerada Em Perigo (EN) pela Lista vermelha daflora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Bioativo
​Possui uma mucilagem empregada como cicatrizante. As cascas constituem tônicos que são freqüentemente empregados no tratamento de anemias, caquexias, febres palustres, ancilostomíase e convalescência, além de fornecerem matéria corante (Germano Filho, 2009).